“Uma pessoa apegada que se entrega à impetuosidade dos sentidos cai numa condição que alimenta o inimigo na forma de desejos mundanos. Como um fogo devorador, esse inimigo-desejo se alastra pela mente e pela inteligência e destrói qualquer possibilidade de auto-realização. Para que isso não ocorra, é preciso que se entenda a alma como simples passageira do corpo material, o qual é comparado a uma carruagem arrastada pelos cavalos dos sentidos. A mente está sempre conectada com os sentidos e atua como as rédeas dessa carruagem. A inteligência, por sua vez, tem a sublime tarefa de condutora, ou seja, ela é quem define a trajetória e o destino da vida de cada um.” (Chandramukha Swami)
O apego material condiciona a vida humana, podendo levar o homem a dar várias voltas e retornar ao mesmo ponto, alimenta desejos inacabáveis e que acabam com os sentimentos bons, inibe a atuação da inteligência no controle dos sentidos humanos.
O apego material enfatiza felicidades passageiras, não sem atinge um êxtase, ela nunca será plena, apenas crescente, uma busca infinita e eterna.
Os desejos devoram os sentidos, tiram a visão da realidade, constroem pensamentos ilimitados que desencadeiam ações e reações que não são percebidas pelo homem condicionado ao apego aos desejos materiais.
A alma vive em um corpo inerte, movido por impulsos e desejos que levam o homem a escravidão, sua liberdade vai sendo restrita com o aumento do apego.
Quando o homem passa a viver em desapego material, a inteligência volta a comandá-lo, vai libertando o homem dos desejos materiais, o homem passa a seguir pelo caminho da vida. Vai rumo a vida eterna, mas em bondade e amor, em um mundo imaterial e cheio de graça e misericórdia, onde todas as almas são livres e devotas.
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