André Comte-Sponville
“A
polidez é a primeira virtude e, quem sabe, a origem de todas. É também a mais
pobre, a mais superficial, a mais discutível. Será apenas uma virtude? Pequena virtude,
em todo caso, como se diz das damas de mesmo nome. A polidez faz pouco caso da
moral, e a moral da polidez. Um nazista polido em que altera o nazismo? Em que
altera o horror? Em nada, é claro, e a polidez está bem caracterizada por esse
nada. Virtude puramente formal, virtude de etiqueta, virtude de aparato! A aparência,
pois, de uma virtude, e somente a aparência.” (André Comte-Sponville)
Ser polido
é o primeiro passo que é dado para o homem ir desenvolvendo virtudes, é a
virtude mais fácil de ser apresentada pelo homem.
A polidez
passa a ter um maior valor quando o homem passa a ter outras virtudes, pois,
ela sendo a única virtude do homem não demonstrará grandeza, pois, suas
características não virtuosas irão predominar.
A moral
faz pouco caso da polidez, pois, existem muitos polidos imorais, com esse
comportamento a polidez é uma etiqueta e uma virtude apenas aparente.
A polidez
é um valor ambíguo, pois, quando associada à etiqueta e sem outras virtudes,
possui um valor suspeito, insuficiente e pode ser uma característica de uma
pessoa hipócrita.
A polidez
tem valor quando está associada a moral e às outras virtudes. Ela é mais uma
aparência de virtude do que uma virtude real, pois, seu valor é relativo e ela
sozinha não tem um valor.
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