Josef Pieper
“Obviamente,
meio ambiente e mundo (por mais que utilizemos estes conceitos) não são duas
regiões separadas da realidade, de modo que o indagador filosófico saísse de
uma região e entrasse na outra! O filosofante não vira o rosto quando, no ato
filosófico, transcende o meio ambiente do cotidiano do trabalho. Não tira o
olhar das coisas do mundo do trabalho, das coisas concretas, sujeitas a fins,
manuseáveis do cotidiano. Não olha em outra direção a fim de ali então enxergar
o mundo universal das essências.” (Josef Pieper)
O olhar
está para o ser, sua adaptação ao meio ambiente, à sociedade em que vive e
também para o mundo.
O meio
ambiente é composto de inúmeras espécies de seres vivos e matéria não viva,
possui diversidade de climas, temperaturas, vegetações, e seres vivos que vivem
nos seus ambientes devem se adaptar ao meio.
O mundo
é formado por matéria em diversos estados, meio ambiente e seres vivos, todos
estão em uma realidade e não em locais separados, por isso, eles vivem em
adaptação, pois, os seres vivos migram entre os ambientes do mundo.
O olhar
filosófico sobre o meio ambiente e o mundo deve observar as relações materiais dos
seres vivos no meio ambiente e no mundo.
Com as
adaptações, os seres vivos passam a ter um cotidiano, ou seja, seus atos vão
sendo repetidos, isso causa transformações no meio ambiente e no mundo, pois a
matéria que existe no mundo vai sendo moldada, o natural passa a ser concreto e
artificial.
É necessário
que o olhar transcenda as relações do ambiente que é um dentre milhares que
existem no mundo, e passe a perceber as relações entre os seres vivos-meio
ambiente-mundo.
Essa é
uma visão material do planeta terra, do que é visível, do que é palpável.
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