sexta-feira, 21 de outubro de 2011

EFÊMERO

"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância." (Gregório de Matos e Guerra)

Vivemos no mundo, diante de limites sociais e sem limites para sonhar. Uns procuram bens materiais, outros procuram viver e com os sonhos ficam esperançosos, sempre buscando uma vida melhor em sociedade.

Os bens se acabam, a vida se acaba, de nada se leva, tudo fica, o que fica não tem mais seu possuidor e poderá se acabar ou transformar-se em algo mais útil à sociedade ao invés de um objeto do individualismo.

Enquanto existir o Sol e a Luz, a vida continuará existindo mesmo diante das mudanças sociais de suas várias eras e povos deferentes, novos costumes e meios de vida. Tudo vai se transformando e a vida sendo perpetuada enquanto ela não se acabar.

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