André Comte-Sponville
“O que
é a boa-fé? É um fato, que é psicológico, e uma virtude, que é moral. Como fato,
é a conformidade dos atos e das palavras com a vida interior, ou desta consigo
mesma. Como virtude, é o amor ou o respeito à verdade, e a única fé que vale.” (André
Comte-Sponville)
A boa
fé não é a certeza e nem a verdade, é a atitude de agir com bondade, com a
verdade acreditada, é agir sem maldade mesmo estando errado, um erro
justificado pelo desconhecimento ou pela inocência.
Quem age
de boa-fé pode estar enganado e pensar que aquele ato é correto e verdadeiro, quando
for descoberta a verdade, a pessoa justificará sua atitude e descobrirá que
fora enganada ou agia pensando que estava correta, mas sua ação errônea era sem
maldade.
Quem está
de boa-fé age com sinceridade, acredita em uma verdade, que naquele momento
aparenta ser autêntica. Por isso, ao invés de ser absoluta, a boa-fé é
relativa, estando certa ou não, ela é moralmente aceita devido à pessoa ter o
desejo e o esforço de agir com a verdade e a bondade.
Quem age
de boa-fé e está cometendo erros, tem a humildade de reconhecer suas atitudes
quando descobre a verdadeira verdade. A pessoa reflete e explica a razão de ter
agido e o que pensava naquele momento.
A boa
fé respeita a moral e a dignidade, procura o bem-estar e revela a verdade.
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