“
Triste,
a escutar , pancada por pancada,
É a dor da força desaproveitada
A sucessividade
dos segundos,
Ouço,
em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,
O choro
da Energia abandonada!
É a dor da força desaproveitada
- O
cantochão dos dínamos profundos,
Que,
podendo mover milhões de mundos,
Jazem
ainda na estática do Nada!
É o
soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência
que se não realiza...
Da luz
que não chegou a ser lampejo...
E é em
suma, o subconsciente ai formidando
Da Natureza
que parou, chorando,
No rudimentarismo
do Desejo!” (Augusto dos Anjos)
Os pesares
se unem aos lamentos quando o homem desiste de seguir em frente.
Quando o
homem se deixa abater, todos os pesos do mundo são acorrentados a ele.
De tão
pesado o homem acaba ficando estático e deixa de progredir, ficando parados e
com a possibilidade de regredirem quando possuem grandes possibilidades de
erguer a cabeça e aprenderem com essa situação pela qual estão passando.
Uma luz
que poderia ser brilhante e irradiante sequer chega a ser acesa, pois o
desânimo a impede.
As lágrimas
caem, as lamentações aumentam e o homem fica cada vez mais pesado e carregado
de desejos desencorajados.
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