segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O LAMENTO DAS COISAS


Triste, a escutar , pancada por pancada,

A sucessividade dos segundos,

Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,

O choro da Energia abandonada!


É a dor da força desaproveitada

- O cantochão dos dínamos profundos,

Que, podendo mover milhões de mundos,

Jazem ainda na estática do Nada!

 

É o soluço da forma ainda imprecisa...

Da transcendência que se não realiza...

Da luz que não chegou a ser lampejo...

 

E é em suma, o subconsciente ai formidando

Da Natureza que parou, chorando,

No rudimentarismo do Desejo!” (Augusto dos Anjos)

Os pesares se unem aos lamentos quando o homem desiste de seguir em frente.

Quando o homem se deixa abater, todos os pesos do mundo são acorrentados a ele.

De tão pesado o homem acaba ficando estático e deixa de progredir, ficando parados e com a possibilidade de regredirem quando possuem grandes possibilidades de erguer a cabeça e aprenderem com essa situação pela qual estão passando.

Uma luz que poderia ser brilhante e irradiante sequer chega a ser acesa, pois o desânimo a impede.

As lágrimas caem, as lamentações aumentam e o homem fica cada vez mais pesado e carregado de desejos desencorajados.

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