sábado, 13 de outubro de 2012

O CACHORRO QUE TROCOU SUA PRESA PELO REFLEXO


“Se os que buscam ilusões forem chamados de loucos, os dementes então são milhões, e os insensatos, muito poucos.

Esopo exemplifica essa falta de nexo com a fábula do cão que trazia nos dentes uma presa, um bom bocado de carne. Debruçando-se sobre um barranco, ele viu, refletida na água, a imagem da própria presa, que ele acreditou ser outra ainda maior do que aquela que ele levava.

Iludido pela imagem, larga a presa e atira-se nas águas correntes em busca da “outra”. Como o rio estava muito agitado, ele quase se afoga e, só com muito esforço e sofrimento, alcança a margem. Obviamente, sem a presa e sem o reflexo dela.

Quantos, como o cachorro, arriscam-se por uma ilusão!” (Jean de La Fontaine)

Muitos são atraídos pela ilusão e ao invés de caírem em um mar de rosas caem em um abismo, uma grande decepção diante da expectativa da felicidade.

O cachorro já tinha a presa em seus dentes, suficiente para saciar sua fome, mas queria muito mais que o necessário e acabou ficando sem nada, além de quase ter perdido a vida ao tentar abocanhar o reflexo de sua própria presa.

Sequer pode comer a presa que já possuía, pois ao sair do rio apenas chegou a margem e não retornou ao barranco de onde caiu e deixou lá seu pedaço de carne.

Muitos homens também crescem os olhos diante das situações e ao invés de ficarem com o que já possuem e é suficiente, acabam ficando sem nada.

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