quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

VÍTIMAS DE UM PENSAMENTO ALTERNATIVO






                                                                       Edgar Morin

“Na verdade, creio que somos vítimas de um modo de pensamento alternativo. Ou o homem é natural, e então é reduzido à natureza, ao comportamento dos chimpanzés, à sociobiologia ou aos genes; ou o homem é sobrenatural e seu corpo não é senão um suporte vago, enquanto o resultado assume o nome de espírito, de psiquismo, e de cultura... Apenas outra estrutura de pensamento pode, entretanto, nos permitir conceber em conjunção, e eu diria mesmo em implicação mútua, aquilo que é percebido em disjunção.” (Edgar Morin) 

O pensamento alternativo impôs formas de pensar, ou seja, fechou outras fontes de pensamentos e ideias, tornando as pessoas aprisionadas a seus paradigmas que um dia seria quebrado e as pessoas teriam a oportunidade de se libertar dessas prisões ideológicas.

A lógica e a exatidão formaram o pensamento alternativo, que buscava ter respostas corretas e mesmo com suas evoluções, sempre buscou-se encobrir e esconder o pensamento natural e a verdade sobrenatural, dessa forma, ficou-se um elo perdido para muitas pessoas, um paradigma perdido por conta do pensamento alternativo que de todas as formas científicas acabar com os pensamentos humanos e naturais.

Com a quebra dos paradigmas, voltou-se a valorizar a ética ao invés de certezas fáceis e falsas, a simplicidade também passou a ser reconhecida, pois, as grandes riquezas vagas de conteúdo não deixavam ninguém satisfeito, a verdade passa a ser conhecida e surgem as quedas da falsidade. Tudo isso não foi inovação, foi apenas o reencontro com o que havia se perdido e deixado de lado por muitas pessoas.

A técnica e a tecnologia passaram a ser questionadas, a humanização voltou a ser vista diante de tantas máquinas e exatidões lógicas, pois, nenhuma evolução tecnológica é tão perfeita quanto o ser humano, que é natural e foi moldado com uma perfeição sobrenatural muito longe de ser inalcançada pelo homem e pelas máquinas.


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