Edgar Morin
“Na verdade, creio que somos vítimas de um modo de pensamento alternativo. Ou o homem é natural, e então é reduzido à natureza, ao comportamento dos chimpanzés, à sociobiologia ou aos genes; ou o homem é sobrenatural e seu corpo não é senão um suporte vago, enquanto o resultado assume o nome de espírito, de psiquismo, e de cultura... Apenas outra estrutura de pensamento pode, entretanto, nos permitir conceber em conjunção, e eu diria mesmo em implicação mútua, aquilo que é percebido em disjunção.” (Edgar Morin)
O pensamento
alternativo impôs formas de pensar, ou seja, fechou outras fontes de
pensamentos e ideias, tornando as pessoas aprisionadas a seus paradigmas que um
dia seria quebrado e as pessoas teriam a oportunidade de se libertar dessas
prisões ideológicas.
A lógica
e a exatidão formaram o pensamento alternativo, que buscava ter respostas corretas
e mesmo com suas evoluções, sempre buscou-se encobrir e esconder o pensamento
natural e a verdade sobrenatural, dessa forma, ficou-se um elo perdido para
muitas pessoas, um paradigma perdido por conta do pensamento alternativo que de
todas as formas científicas acabar com os pensamentos humanos e naturais.
Com a
quebra dos paradigmas, voltou-se a valorizar a ética ao invés de certezas
fáceis e falsas, a simplicidade também passou a ser reconhecida, pois, as
grandes riquezas vagas de conteúdo não deixavam ninguém satisfeito, a verdade
passa a ser conhecida e surgem as quedas da falsidade. Tudo isso não foi inovação,
foi apenas o reencontro com o que havia se perdido e deixado de lado por muitas
pessoas.
A técnica
e a tecnologia passaram a ser questionadas, a humanização voltou a ser vista
diante de tantas máquinas e exatidões lógicas, pois, nenhuma evolução
tecnológica é tão perfeita quanto o ser humano, que é natural e foi moldado com
uma perfeição sobrenatural muito longe de ser inalcançada pelo homem e pelas
máquinas.