(Içami Tiba)
“A
liberdade é relativa, variando conforme as pretensões, porque não
existe a liberdade absoluta. Quando se faz uma escolha entre duas
situações, a que não foi escolhida ou se perde ou fica em segundo
plano. Logo, o exercício da liberdade já envolve uma perda. No
cotidiano, a liberdade está em fazer uma escolha bem adequada
conforme as consequências pretendidas. A vida propicia tantas
oportunidades que, se não houver responsabilidade, qualquer pessoa
pode se desorganizar ou se perder.” (Içami Tiba)
Quando olhamos de modo material, a liberdade é
sempre relativa, pois, olhamos para nosso corpo seu exterior, sempre
existe um foco no eu, por isso, surgem duas situações de escolhas e
a liberdade opta por uma e elimina a outra ou a deixa em segundo
plano.
Quando olhamos para nossa alma, ela está
aprisionada ao nosso corpo enquanto estamos vivos, sem ela, nossos
corpos não nasceriam ou não estariam mais vivos. Após a morte do
corpo a alma é liberta e nasce novamente no mundo material em outro
corpo ou segue para o mundo espiritual e vai habitar em um corpo
espiritual.
A liberdade da alma e a morte do corpo não
constitui uma perda e nem é uma escolha, mas algo previsível, pois,
a alma é eterna e a vida corpórea é passageira, portanto, tudo que
nasce também morre, pois, a vida corpórea no mundo material faz
parte de um ciclo com início, meio e fim, mas a alma permanece
intacta e cheia de conhecimento e consciência divina.
Quando olhamos de modo espiritual, a liberdade
também é relativa, pois, as almas estão conectadas ao Deus
Supremo, pois, elas existem para serví-lo, seja enquanto estão no
mundo material ou quando chegam ao mundo espiritual. As almas são
livres, mas, elas não estão acima do Senhor, ele continua sendo o
controlador e o instrutor das almas.
Se Deus é o instrutor e nós somos instruídos
por ele quando optamos serví-lo e agir com devoção, nossa
liberdade é relativa, pois, estamos condicionados a ele. Mas,
àqueles que se acham livres e donos de suas escolhas, na verdade não
são eles e sim os modos da natureza material agindo e os enganando
cada vez mais.
Embora possamos fazer incontáveis escolhas,
nossa liberdade continua sendo relativa, pois, possuímos o livre
arbítrio mas não a liberdade absoluta. Se optamos por viver com
devoção a Deus, estamos contribuindo para liberação da nossa e
das demais almas, para que elas tenham um nascimento em uma vida
melhor ou cheguem ao mundo espiritual.
Se a nossa vida for sempre de escolhas do nosso
eu, iludido por maya e influenciado pelos modos da natureza,
estaremos contribuindo para a perda, pois, estaremos prejudicando a
nós mesmos e as demais pessoas gerando reações negativas,
atividade pecaminosas e cheias de materialismo e ilusão.
Somente Deus possui a liberdade absoluta, pois,
ele é tudo, está acima de tudo, é o Creador e o aniquilador, a
fonte da verdade absoluta, a plenitude e abaixo dele, tudo está
condicionado às suas leis ou às leis da natureza material que
também são controladas por ele.