“UMA POBRE SENHORA, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, se aproximou do proprietário, conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade da sua família ela implorou:
- Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...
Ele lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja. Em pé no balcão ao lado, um freguês, que assistia a conversa entre os dois, se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:
- Você tem uma lista de mantimentos?
-Sim, respondeu ela.
- Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos.
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo. Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
- Eu não posso acreditar!
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança.
Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada. O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: “Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em Suas mãos...”.
O homem, no mais completo silêncio, deu as mercadorias para a pobre mulher, que agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta e disse:
- Valeu cada centavo...
Só Deus sabe o quanto pesa uma oração...” (Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino)
Deus não abandona seus filhos, ele está sempre querendo o melhor para todos nós.
É preciso ter fé e acreditar nele, fazer orações com sinceridade e pureza de coração.
Ele sabe todas as necessidades, mas não adianta pedir e reclamar, querer que tudo aconteça no nosso tempo, pois tudo ocorre quando ele deseja e ele deseja sempre no momento certo, pois, tudo que ele faz é perfeito.
É necessário ter confiança, fazer a nossa parte com perseverança e persistência e o Nosso Supremo Creador fará a dele no momento certo.
Deus socorre os aflitos, apascenta os corações, atende as nossas súplicas, está cheio de amor para nos dar, basta querer, basta fazer sua vontade. E mesmo diante de pessoas que não querem, seu amor e sua misericórdia são tão imensos que mesmo assim ele tenta ajudar os filhos perdidos.
As orações têm poder, elas conectam o homem a Deus, são uma forma intima ou grupal de comunicação, são ouvidas por Deus, que demonstra sinais de suas respostas para serem percebidos pelos homens, nesse momento eles relembram e percebem que suas orações foram ouvidas, seus corações ficam repletos de alegria, gratidão, felicidade e reconhecimento de quão grande é o amor e a bondade de Deus.